Bernardo Schneider lança Primórdios

11/08/2014 20:40

        Livro baseado em registros deixados pelo Pastor Walter Lentz, em Maratá, no ano de 1926, relata os primeiros tempos de colonização de Maratá, Nova Holanda, Campestre e Linha São João e a criação de suas respectivas comunidades evangélicas. O texto, escrito de forma simples e sem rodeios estéticos, narra as dificuldades dos primeiros colonizadores que se aventuraram a morar no meio da mata virgem para abrir uma nova colônia, enfrentado toda sorte de adversidades e a absoluta ausência de infraestrutura na área dos transportes, da educação e da saúde. Relata quem foram os primeiros professores, comerciantes e líderes comunitários.

        Comenta, ainda os conflitos religiosos que motivaram divergências hoje ainda presentes na memória popular, como a cisão entre os evangélicos de Campestre ou a disputa pela sede paroquial entre Maratá e Pinheiro Machado.

Evidencia, ainda, a necessidade de improvisar numa época de poucos recursos humanos. Professores improvisados e até um pastor indicado para o posto de líder religioso sem ter o necessário preparo para tal ofício.

        A obra, resultado das pesquisas de Bernardo Schneider, traz um prefácio do conhecido e respeitado historiador e teólogo, Pastor Martin Dreher, de São Leopoldo.

        A própria capa reproduz uma eloquente fotografia dos anos 30, mostrando como os moradores de então faziam a manutenção das estradas: na força do braço.

        O livro, ora trazido ao conhecimento público, insere-se na série de homenagens aos 190 anos de imigração alemã no Rio Grande do Sul, mas ao invés de louvar os êxitos dessa colonização, destaca a dureza da vida dos pioneiros, naqueles rudes ‘primórdios’.